o girassol quando do cobre a sua cor transporta
febre igual de fogo breve
luz de pele incendiada
este delira o seu roçar de
coisas leves
respira quente
seu vibrar e calor
como quem prima
de força constante
o amarelo
que carrega infinito
na boca do dia incessante
posto que é feito de
pétalas e tardes
a pálida corola que sustenta
a epiderme exposta e ardente
o sol ainda queima multifacetado
e teima em sua majestosa proeza
o girassol, deus de ouro e silêncio
acata humildemente
a sua nobreza